


Goia: produtor musicas de funk e hip hopHistória parecida tem o produtor musical de funk e hip hop, Carlos Magno, mais conhecido por Goia. O amigo Duda, que é DJ, apresentou o home studio para ele. “Ele tinha todo o equipamento que era necessário para fazer as músicas em casa e eu comecei a me interessar. No início, eu fazia as músicas para poder dançar, depois ficou profissional. A média cobrada na comunidade é de R$100, mas fora chega a R$1500”, explica.Goia já está trabalhando nisso há cinco anos e atualmente faz cerca de oito músicas por mês. “Os músicos vem até a minha casa e só gravam a voz, depois eu faço tudo. Coloco a batida, os efeitos, mas o pior é a mixagem, pois demora mais”. O escritório de Goia é na sala de casa, mas já está preparando um outro local para colocar o computador. “Eu comprei um computador só para poder trabalhar, ninguém mexe nele, coloquei até senha. Agora, eu estou pensando em construir uma salinha para poder trabalhar”.Uma ferramenta fundamental de trabalho para Goia é o MSN, programa da mensagens instantâneas. Assim que termina uma música já manda para um DJ conferir o resultado. “Quando finalizamos um trabalho mandando direto pela internet. Hoje em dia, 90% das músicas de funk são passadas por MSN”, constata.Fazer contato na rede é muito importante para conseguir novos trabalhos. “Um DJ de Belo Horizonte entrou no Orkut do Bonde do Tigrão para saber se a gente tinha alguma coisa nova. Mandamos uma música e ela está estourada lá”. Os produtores, como são os divulgadores das músicas acabam sendo um empresário de contato. “A pessoa não conhece o artista e procurando o produtor”.A Internet também é responsável por estourar as músicas. “Hoje em dia nenhum funk começa a tocar nas rádios. O primeiro passo para fazer sucesso é se a galera do baile gostar. As pessoas nem imaginam que as músicas já estão na rede e tudo começa na minha casa.” Goia diz que a Internet divulga e faz o intercâmbio. “Pessoas que você nem conhece pegam o seu MSN. Elas geralmente pedem músicas e isso é muito bom para a divulgação”.”Divulgação pela internet é necessária”
O grupo Fan utiliza o You Tube para divulgaçãoJá o Grupo Fan usa o You Tube, site de vídeos, onde possuem sete gravações de shows e ensaios, além de outras ferramentas de divulgação. “Um amigo nosso que já tinha colocado o trabalho dele na Internet nos deu a dica. Hoje, todo o nosso material está na rede”, explica Diogo, percursionista e responsável pela divulgação. O perfil no Orkut é acessado diariamente e conta com várias fotos da banda. “A divulgação pela Internet é necessária, seja um artista profissional ou amador. Além disso, nós temos prazer em fazer esse trabalho, porque somos os próprios divulgadores”, completa.Para Paulinho PR, violão e voz, o sonho do grupo é viver da música. “A gente vai continuar tentando e acho que o fato de morar na Cidade de Deus não é empecilho. Nem todo mundo que tem uma banda que faz sucesso, mas é claro que as pessoas com maior poder aquisitivo têm mais acesso”, explica Paulinho, integrante do Grupo Fan, que está na estrada há dez anos.Antes de usar a Internet como meio de divulgação, tanto o Grupo Fan como Don e Mingau tinham que ir até os clubes, distribuíam os CD’s para os DJ’s e no boca a boca. Agora, Don já tem até uma técnica. “Eu agora entro em sites jornalísticos com grandes acessos e sempre coloco um comentário na matéria principal com um link. Eu já percebi que houve um aumento de 20 a 30 visitas diárias no blog e no My Spac”.Através da Internet uma fã dos MC’s, que mora em Charqueados, Rio Grande do Sul, mostrou ao vivo uma festa que ela estava dando em casa e com as músicas da dupla. “Pelo MSN, ela mostrou os convidados acenando para mim e cantando uma de nossas músicas. Isso é muito legal”.Para Don, o fato de morar na Cidade de Deus provoca desconfiança apenas no início. “O Orkut é aberto para todos e nós ficamos expostos, mas depois que as pessoas entram no álbum e nos conhecem o preconceito termina”.
Por Renata Sequeira(site Viva favela)
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